Observeir nos comentários que várias pessoas não sabemo o que é um hoax, que não requer conter apenas elementos falsos. O propósito de um hoax é alarmar (alarmar é diferente de informar) as pessoas com uma história falsa e, para falsa ser uma história basta que ela contenha um elemento inverídico, eventualmente até fantasioso, e incluído geralmente com a intenção de causar impacto. Assim, neste caso do hoax do batom:
1) a mencionada prodissional até existe, mas não na área citada;
2) afirmação de genériaca que o chumbo é uma “substância cancerígena”;
3) apresentação de um teste que supostamente denunciaria a presença do “cancerígeno” chumbo no batom.
A disseminação dos hoaxes ocorre pelo comodismo que as pessoas geralmente têm de verificar a origem de uma informação. Sim, há pelo menos alguma boa intenção naqueles que repassam hoaxes, mas existe principalmente o comodismo, apoiado na facilidade que os aplicativos possuem para retransmitir mensagens, inclusive em larga escala. Quando avisadas de que passaram adiante um hoax, comumente as pessoas se justificam dizendo “fiz a sua parte” (em alertas os outros sobre um perigo), “é melhor divulgar sobre um falso perigo do que deixar de avisar ou outros sobre um perigo verdadeiro”, “vai que é verdade?”, “minha consciência não ficaria tranquila se eu não repassasse”, “me passaram então eu repasso” e outras que auto-indulgentes. Todas estas desculpas e outras são parte importante da existência dos hoaxes. Em uma comunidade que só contivesse pessoas responsáveis, ou “e-responsáveis”, um hoax não se propagaria além daqueles que fossem os primeiros a receber. Na prática, devido a falta do sentido crítico, falta de algo melhor para fazer, sentimento de culpa, vontade de se manifestar em qualquer situação e outras infindáveis possibilidades, inclusive as combinações das anteriores, hoaxes sempre terão a Internet como terreno fertil, contribuindo para sobrecarregar inutilmente servidores e divertir ou orgulhar(?) os autores das farsas eletrônicas.